Engraçado como o Ano Novo nos invade, sem pedir nenhuma licença, e desperta em nós tantos sentimentos. Conversando com amigos nos últimos dias, posso descrever aqui as mais variadas sensações que decidiram fazer morada em nós. E a verdade é que eu acho linda a forma como somos tomados. Tudo muda e, ao mesmo tempo, nada mudou. Faz sentido?
É como se, de repente, tudo fosse dar certo. As coisas ficam mais fáceis, os sonhos mais possíveis, o coração mais leve. É esperança para dar e vender. Mas talvez a graça seja justamente essa, não fazer sentido nenhum. Todo o mistério e a sensação de posse do novo que envolve essa virada no calendário tem que apenas ser sentida mesmo – e aproveitada como uma espécie de presente do universo!
Talvez seja apenas uma desculpa para aprendermos a deixar, de uma vez por todas, algumas coisas para trás, e a também dar atenção para as tantas outras que nos esperam logo a frente. E tudo bem, porque o que eu desejo neste novo ano é que possamos recomeçar todas as vezes que forem necessárias. Que possamos ser tomados por essa vontade de fazer melhor e diferente e criar todos os tipos de “Ano-Novo” que julgarmos bem-vindos, seja dentro ou fora de nós. Seja janeiro, março, julho ou setembro.
Se for preciso, criaremos todas as desculpas possíveis. E então, vestiremos branco (ou qualquer que seja a nossa cor preferida!), brindaremos, faremos orações, rituais, promessas, uma nova lista de metas, e por aí vai. Ou apenas respiraremos fundo sabendo que um novo ano – ou uma nova chance – está nascendo.
O importante, aqui, é que você saiba que pode criar um Ano Novo todinho seu sempre que precisar.
Que assim seja.
Júlia Groppo