Aprendendo comigo mesma

Gosto de reviver meus textos antigos. É incrível a forma como a Júlia do passado consegue me ensinar muita coisa e me fazer lembrar de outras muito importantes; essas que um dia eu soube, mas deixei escapar em algum momento – seja lá porquê.

É verdade que estamos, a cada dia, caminhando para uma nova e melhor versão de nós mesmos. A gente vai aprendendo, evoluindo, lapidando. Mas, para mim, o passado também tem muito a nos ensinar (e recordar!) e, por isso, gosto de fazer uma visita por lá às vezes.

A gente pode deixar um tanto de coisa valiosa pelo caminho. Nessa de viver, conviver (e, às vezes, sobreviver), podemos acabar trocando as nossas certezas pelas dos outros. Pelas do mundo. É aí que eu mesma, em uma versão minha lá do passado, me salvo da cilada que é nos deixarmos levar por qualquer coisa que não o que faz parte da nossa essência.
É por isso que olho o passado com carinho. Ao passo que sei que hoje sou uma versão melhor de quem já fui, nunca subestimo aquela Júlia, pois sei que ela pode me ajudar a voltar para o meu centro. A resgatar sonhos, recordar valores, recalcular caminhos. E então, fuço o meu bloco de notas, resgato cadernos e diários antigos, abro a caixinha de lembranças que tenho desde adolescente, volto nas últimas páginas deste blog. Estou sempre procurando-a, seja dentro ou fora de mim.
Andamos de mãos dadas, sempre. E assim vamos, ensinando e (re)aprendendo uma com a outra.
Júlia Groppo
Por julia às 11.12.19 1.072 comentários

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